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A evolução do som automotivo: desde 1930 aos dias atuais7 min read

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Dia Mundial do Rádio é celebrado em 13 de Fevereiro, em honra a primeira transmissão de um programa da United Nations Radio (Rádio das Nações Unidas), em 1946. O rádio, entre tantos meios de comunicação existentes nos dias atuais,  segue sendo um dos que mais atingem as maiores audiências. E com o passar dos anos, também se adaptou às novas tecnologias e aos novos equipamentos, incluindo nos modelos para carros. Desde a década de 1930, a evolução do som automotivo tem sido constante.

A menos que você se satisfaça contemplando o barulho da cidade, o ronco do motor do seu carro ou prefira conversar com os passageiros presentes, você sabe o quão útil é ter um som automotivo. Mas como esse instrumento tornou-se tão necessário? E como chegamos nos modelos atuais? Bom, essas perguntas nós podemos responder. Acompanhe a nossa retrospectiva especial Dia Mundial do Rádio, e conheça a evolução do som automotivo.

 

Tudo começou em 1930

O primeiro rádio para carro surgiu em 1930, criado por Paul Galvin. O modelo, intitulado Motorola 5T71, custava por volta de 110 dólares (atualmente, u$2.678). O nome era uma junção das palavras “motor” e “ola”, que juntos formavam palavras como moviola, radiola ou vitrola.

A empresa de Galvin anteriormente chamava-se “Galvin Manufacturing Corporation“, porém, a recepção do rádio automotivo foi tão boa em meio ao público, que a empresa passou a chamar-se “Motorola”. Hoje, esse nome é mais conhecido pelos aparelhos de celulares, mas o rádio automotivo foi o fator influente para tamanha decisão.

 

A evolução do som automotivo

Motorola 5T71. – Fonte da imagem: https://www.blog.connectparts.com.br/

 

Esse primeiro modelo era apenas um rádio AM valvulado com pequeno dial para ser preso à coluna de direção e um alto-falante com caixa de madeira. Já na Europa, a Blaupunkt foi a pioneira. Em 1932, a empresa instalou um rádio de pesadíssimos 15 kg em um carro Studebaker. Em 1933, chegou a vez dos ingleses Crossley oferecerem o rádio automotivo como opção em seus veículos.

 

A revolução em 1950

Por mais inovador que fosse o rádio em 1930, era comum ter a sua programação misturada com chiados e barulhos indesejados. Mas tudo estava prestes a mudar!

Foi em 1952, quando a Blaupunkt começou a vender o Autosuper, que usava a frequência modulada (FM). A intenção desse novo modelo era reduzir as interferências e melhorar a qualidade de som do aparelho, apesar de seu alcance ser menor.

 

O surgimento das redes FM.  – Fonte da imagem: https://quatrorodas.abril.com.br

 

A revolução não limitou-se apenas a melhorar a qualidade, mas foi além. Enquanto as AMs focavam em um público mais adulto, as redes FMs dedicaram-se ao público jovem, oferecendo música pop e rock n roll para seus usuários.

O sistema funcionava da seguinte forma: o botão de busca reduzia a sensibilidade do receiver, enquanto um motor elétrico girava o dial até que a recepção de um sinal mais forte o parasse. No mesmo período, a Ford lançou o sistema Town and Country, que fazia basicamente a mesma função.

Em 1955, a Chrysler lançou o Highway Hi-Fi, o primeiro sistema a utilizar mídia externa em seu funcionamento, neste caso, um tocador de discos de vinil!

 

Highway Hi Fi – Fonte imagem: https://www.flatout.com.br

 

Há quem diga que o funcionamento era incrivelmente bom, porém, extremamente caro. O maior problema era devido a complexidade do mecanismo, por essa razão, a Chrysler retirou o produto de catálogo em 1959.

 

A evolução do som automotivo nas décadas de 60, 70 e 80

Em 1963, os alemães da Becker lançaram o Monte Carlo, o primeiro rádio automotivo totalmente transistorizado. Os transistores simplificaram os circuitos e tornaram os rádios mais compactos, robustos e duráveis.

Já em 1965, a Ford e Motorola uniram-se para produzir um sistema mais simples baseado em mídias externas. O Eight-Track, um cartucho de fita magnética com oito pistas enroladas em uma única bobina. O que permitia a reprodução contínua da fita, entretanto, cada vez que a fita chegava ao seu final o cabeçote de leitura reposicionava-se para ler as pistas seguintes. Por essa razão, era necessário reorganizar a ordem das músicas para evitar cortes súbitos.

A chegada das fitas. Fonte da imagem: https://www.flatout.com.br

 

Em 1970 e 1980, a evolução do som automotivo não baseou-se em aparelhos, mas em cultura. A chegada das fitas cassetes trouxe um boom de independência musical, e cada vez mais eram criados modelos de rádios automotivos capazes de reproduzi-las.

O rádio automotivo que reproduzia fita cassetes era sempre a opção mais confiável. Permitir gravações caseiras com qualidade equivalente à da matriz e, principalmente, deixar o usuário fazer sua própria seleção de músicas favoritas? Genial!

 

A evolução do som automotivo e da indústria musical

Com a criação e popularização dos CD-R graváveis e a criação do formato MP3, foi possível colocar músicas no CD.

 

CD Player – Fonte Imagem: https://quatrorodas.abril.com.br

 

Antigamente, o atrito da agulha nos discos de vinil ou do cabeçote na fita faziam com que ruídos atrapalhassem o som no carro. Esses incômodos só acabaram com a leitura a laser, criada pela Sony e Philips e lançada em 1982. Só na década de 1990 foram criados dispositivos de amortecimentos eficazes para aguentar as vibrações do carro ao rodar, sem que o CD se deslocasse.

E quase na chegada do século 2000, em 1998, a empresa britânica Empeg, ainda pequena, criou o rádio eletrônico. Com discos rígidos capazes de armazenar e reproduzir um novo formato de áudio prestes a estourar: o mp3. Naquele momento, guardar dezenas de CD’s de vários artistas no carro parecia um tanto antiquado.

 

O som automotivo de um jeito mais recente

Com a chegada dos anos 2000, a tecnologia avançava com cada vez mais recursos. O som automotivo não era mais de perto nenhuma novidade. Os rádios com leitor de arquivos mp3, slots de cartão SD e portas USB já não eram mais grandes surpresas, mas sim algo comum.

Com o surgimento do Ipod foi dado o primeiro passo para a integração do som automotivo que eliminaria a necessidade de outras mídias físicas. E foi a a BMW a primeira fabricante a oferecer integração com o dispositivo da Apple, em 2004.

A integração do Ipod com o som automotivo. Fonte de Imagem: https://www.specdock.com

 

Logo mais, o pendrive foi responsável por esta substituição. Daí em diante, a música digital migrou para outros ares. Com a popularização das centrais multimídia com conexão para internet ou espelhamento com smartphones, já é possível utilizar no carro apps, por exemplo o Spotify ou Deezer, que combinam a reprodução de música via streaming. Que ainda permitem o o download de playlists no HD, para os momentos em que não houver conexão disponível.

 

Ufa! Foi uma viagem e tanto por essa história. A evolução do som automotivo marcou a vida de gerações! Todo mundo tem uma música favorita que gosta de ouvir ou cantar enquanto dirige. Qual é a sua?

 

FONTE DE PESQUISA: Flat OuQuatro Rodas